terça-feira, 29 de março de 2016

Ecoturismo Marinho

      A fim de fugir da rotina caótica do cotidiano nos grandes centros urbanos, cada vez mais pessoas estão procurando lazer em locais mais próximos da natureza. Dessa maneira, o ecoturismo tem conquistado um espaço maior no mercado, apresentando, segundo a Organização Mundial do Turismo, um crescimento de mais de 20% ao ano.
      O ecoturismo é um dos ramos da atividade turística que utiliza as maravilhas naturais como uma fonte de lazer e uma válvula de escape do estresse, além de visar a necessidade de preservação dos ecossistemas, tanto aquático como terrestre. Além do ecoturismo voltado pra região serrana, um segmento que vem despertando muito o interesse da população é o ecoturismo marinho, no qual são propostas atividades de mergulho e passeios de barco a fim de conhecer o fundo do mar e sua biodiversidade sob outro ângulo, garantindo experiências diversas e uma integração maior com o meio ambiente.
      Entretanto, para praticar o ecoturismo marinho, certos cuidados são extremamente necessários, por exemplo: para realizar mergulhos é essencial procurar sempre grupos especializados na área, ou seja, nunca devemos nos aventurar sozinhos pelos oceanos. Além disso, também é fundamental o uso de roupas isolantes, máscara de mergulho, snorkel, um par de nadadeiras e cilindro de ar comprimido. 
      Após serem tomadas essas medidas, é só explorar a biodiversidade local, porém com o máximo de sustentabilidade, já que o objetivo principal do ecoturismo é divulgar as atrações naturais para um maior número de pessoas, mas fomentando uma maior conscientização sobre as belezas naturais e sobre a necessidade de preservar o meio ambiente.
      Assim, através do mergulho, pode-se conhecer melhor tanto a fauna – estrelas, pepinos e ouriços do mar, muitas espécies de peixes de pequeno e grande porte – mas também os recifes de corais.
      Alguns locais famosos para se realizar ecoturismo marinho no Brasil são: Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, Maracajaú (RN), Porto de Galinhas (PE), Angra dos Reis (RJ), Fernando de Noronha (PE) e Ilhabela (SP).

Mergulhadora no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos


Exemplos de fauna encontrados no ambiente marinho: bolacha do mar, estrela do mar, pepino do mar e ouriço do mar


Fontes:

http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/turismo/ecoturismo/

http://viagem.uol.com.br/noticias/2014/08/28/turismo-com-mergulho-e-boa-opcao-ate-para-quem-nao-sabe-nadar.htm#fotoNav=5

http://www.infoescola.com/ecologia/ecoturismo/

http://www.trilhaseaventuras.com.br/lista-de-equipamentos-para-mergulho/

sexta-feira, 25 de março de 2016

Zona Abissal: Curiosidades

A zona abissal é a região designada pela biologia marinha como a mais profunda, fria e escura dos mares, onde os raios solares já não conseguem penetrar (a luz só é capaz de chegar até cerca de 1000 metros abaixo da superfície do mar) e onde a pressão atmosférica é altíssima. Sua profundidade varia entre 2000 e 6000 metros. Para se ter uma ideia, a cada 10 metros de coluna de água no mar, aumenta-se 1 atm de pressão e, na altitude do mar, os humanos sobrevivem suportando 1 atm. Isso significa que existem espécies que suportam 600 vezes mais pressão do que o homem.
Estima-se que mais de 80% das formas de vida do oceano são desconhecidas e que grande parte das espécies que continuam escondidas estejam vivendo na região abissal. Essa região abriga os seres mais peculiares do planeta por causa da grande dificuldade em se obter alimento nessa profundidade quase inóspita. Devido a ausência de luz, foram selecionados seres heterótrofos (que não realizam fotossíntese) para viver nesse ambiente. As adaptações físicas mais comuns dos animais que ali vivem são:
  • A presença de luzes pelo corpo: importantes para atrair parceiros e presas.
  • Bocas e estômagos gigantes: para que o animal consiga digerir presas maiores do que ele mesmo e reservar energia por um longo período de tempo.
  • Indivíduos hermafroditos: dessa forma, é possível garantir uma próxima geração da espécie, sem necessitar de um parceiro.
Conheça algumas das espécies mais bizarras/fascinantes dessa região:

Peixe Diabo Negro (Melanocetus johnsonii): é peixe que perseguiu a Dori no filme “Procurando Nemo”. Para atrair a presa, esse peixe usa seu apêndice bioluminescente (ou seja, utiliza a luz para caçar).



Carambola-do-mar: de aspecto gelatinoso e transparente, usa seus grandes tentáculos para obter alimentos.
Hatchetfish: peixe encontrado em mares sul-americanos.



Dragão marinho: comum nas águas da Austrália, esse parente do cavalo-marinho é uma exceção dentre os animais que vivem em régios abissais devido as suas cores que o ajudam a se camuflar.

Tubarão boca grande: um dos principais predadores das zonas abissais dos oceanos.


Peixe dragão negro: Ele engana suas vítimas criando falsas silhuetas enquanto se movimenta.

Lula Vampira do Inferno: recebeu esse nome por causa de sua coloração vermelha e sua aparência de morcego devido a suas membranas que colam seus tentáculos.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, esse video produzido pelo Discovery Channel mostra expedições de estudo recentes pelas profundezas do oceano. Muito interessante para aqueles que gostam de curiosidades sobre a Zona Abissal.

(https://www.youtube.com/watch?v=0V5RbTaCcwE)






Fontes:
  • http://obviousmag.org/archives/2011/11/criaturas_abissais.html
  • http://brasilescola.uol.com.br/geografia/abissal.htm
  • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/peixes-abissais.htm
  • http://hypescience.com/as-20-mais-assustadoras-criaturas-das-profundidades/




domingo, 13 de março de 2016

Como os recifes de corais se formam?

Os recifes de corais cobrem uma área de 284.300km2 e são ecossistemas com grande diversidade de espécies, servindo de abrigo para peixes, moluscos, crustáceos, cnidários e algas. Sua distribuição é desigual pelo mares, as regiões do Mar Vermelho, Oceano Índico, sudeste asiático e do Oceano Pacífico apresentam 91,9% de toda a formação, enquanto o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe contam com 7,6% do total. Já o Oceano Atlântico Sul possui apenas 0,5% (cerca de 3.000 km) da área dos recifes, que se encontram na costa do nordeste brasileiro.
Corais são animais do grupo cnidários, da classe Anthozoa, invertebrados que usam o carbonato de cálcio da água salgada para formar um exoesqueleto resistente que o protege e o ajuda na fixação no fundo do mar. Eles são os principais formadores dos recifes de corais. Esses animais, em sua maioria, vivem em colônias onde cada indivíduo é um pólipo. Pólipos são carnívoros (se alimentam de resíduos em suspensão), sésseis (não se locomovem) e possuem uma célula (chamada de cnidócito) que, ao ser tocada pelo homem, libera uma substancia urticante, provocando sérias queimaduras na pele. Os pólipos crescem em cima de esqueletos de outros pólipos que já morreram, dessa forma, um recife é formado por diversas camadas finas de carbonato de cálcio.
Em um recife de coral ocorre uma interação ecológica interespecífica chamada de mutualismo. O mutualismo acontece quando organismos de espécies diferentes se associam de forma obrigatória e harmoniosa, ou seja, esse tipo de interação é essencial para a sobrevivência das duas partes envolvidas.  No caso dos recifes, a associação acontece entre os corais e microalgas fotossintetizantes, chamadas de zooxantelas. Essas microalgas vivem no interior dos corais utilizando as substâncias geradas pelo processo metabólico deles, e liberam compostos orgânicos indispensáveis para o crescimento dos corais. São as zooxantelas as responsáveis pelas cores dos corais.
Os recifes podem ser divididos em três grupos distintos: os recifes em franja, em barreiras e em atóis.

 
Recife de coral tipo barreira na Austrália. Esse tipo de formação é linear ou semicircular e é separada por canais do continente.

Recife do tipo Franja na Paria do Forte, BA. Recifes tipo franja localizam-se perto do continente e são separados por lagoas rasas.

Recife Atol de Bikini (do tipo Atol) no Oceano Pacífico. Esse tipo de formação parece um anel, no centro encontra-se uma lagoa de água salgada.


Para quem se interessou pelo assunto, recomendo que assista a esse vídeo produzido pela Discovery Science que mostra com mais detalhes como é vida nos recifes de corais e as novas descobertas dos cientistas envolvendo esses ecossistemas.






Fontes:

quinta-feira, 10 de março de 2016

Um pouco sobre Biologia Marinha


      A biologia marinha é a área das Ciências Biológicas que estuda o ambiente marinho como um todo, desde seres microscópicos até os ecossistemas. Nela são consideradas as relações entre os organismos vivos com o meio e a interferência dos humanos para com o ambiente, com o propósito de analisar os impactos ambientais, advindos das atividades industriais, da pesca predatória e do turismo, além do descarte de lixo inadequado feito pela população civil. Dessa forma, o profissional da área marinha é fundamental para a preservação da fauna e da flora de águas salgadas.
       A importância do trabalho desse cientista se torna mais significativa com o fato de que o planeta Terra é coberto, em sua superfície, por 71% de mares. Sendo que, a maior parte dos oceanos tem profundidade superior a três mil metros.
      O estudo da vida marinha foi aprofundado durante a Revolução Científica (século XVII), no qual vários estudiosos de diversas áreas contribuíram para o entendimento das relações entre o mar, os organismos que ali vivem, as leis da física e os seres humanos. Dentre os mais famosos estão: Isaac Newton, que foi capaz de explicar o efeito da Lua nas marés e Antoine Lavoisier, que foi a primeira pessoa a analisar quimicamente as águas salgadas.
      Até o ano de 1860, acreditava-se que não havia vida nos mares abaixo de 600m, devido a Teoria Azóica criada por Edward Forbes, um pioneiro da Oceanografia Biológica. Contudo, sua teoria foi questionada quando foram trazidos para a superfície inúmeros organismo vivos que habitavam abaixo da profundidade proposta por ele. Tal descoberta incentivou pesquisas na área marinha. 
      Atualmente, quem deseja seguir neste campo de atuação deve se graduar em Ciências Biológicas e depois se especializar em Bilogia Marinha, tendo como opção no mercado de trabalho seguir carreira em instituições de preservação ambiental e animal, em empresas de ecoturismo, em parques aquáticos, na área acadêmica, dentre outros.




Maior recife de corais do mundo, situado na Austrália.


Edward Forbes
Biólogos marinhos atuando.

















  Fontes:

  • http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/33492/historia-da-oceanografia
  • http://www.todabiologia.com/biologia_marinha.htm
  • http://www.unisanta.br/Graduacao/Ciencias_Biologicas_Bacharelado
  • http://brasilescola.uol.com.br/biologia/recifes-corais.htm
  • http://www.cotebleue.org/forbes.html
  • http://www.cursoseprofissoes.com/quanto-ganha-o-biologo-marinho/