domingo, 21 de agosto de 2016

DIVERSÃO? PARA QUEM???

Muito apreciado por crianças e adultos, os parques aquáticos que apresentam espetáculos com animais não vem vivendo seus melhores dias, tendo uma queda considerável no numero de visitantes, após o lançamento do documentário Blackfish. O documentário trouxe uma série de entrevistas com ex-treinadores que relatavam as condições improprias de sobrevivência, maus tratos e falta de experiência por parte daqueles que cuidavam dos animais.
As polemicas que esses parques vêm enfrentando são antigas, porém veio ao conhecimento da maior parte das pessoas em 2010 o ataque de uma orca a treinadora Dawn Brancheau que veio a óbito, sendo essa a terceira morte causada pelo mesmo animal. Quando questionados sobre os ataques os responsáveis pelo parque dizem ser devido à natureza do animal ou erro do treinador, porém se pegarmos as imagens podemos ver claramente que não houve erro por parte de treinadores, e em seu habitat nunca foi relatado um ataque de orca ao homem.


Então qual seria o motivo desses ataques???
Vamos analisar as orcas, mais especificamente, Tilikum.
Capturado em 1983 no atlântico norte, Tilikum foi vendido para o SeaLand(parque aquático localizado no Canadá), onde dividia o tanque com duas fêmeas, em 1991 ocorreu o primeiro ataque resultando na morte da treinadora Keltie Byrne, logo após foi transferido para o Sea World. Em 1999 um rapaz, Daniel Dukes, foi encontrado morto na piscina de Tilikum, a princípio relatou que seu óbito foi causado por hipotermia, mas laudo de especialistas comprovou que o real motivo foi um possível ataque de Tilikum, já que era o único animal na piscina. Em 2010 Tilikum fez outra vítima, desta vez a treinadora de 40 anos Dawn Branchaeu. Hoje Tilikum está à beira da morte, pois contraiu uma grave infecção nos pulmões.
Tilikum com a treinadora Dawn Branchaeu
Os ataques de Tilikum não foram os únicos ataques de orcas registrados em parques aquáticos.
Para especialistas o real motivo dos ataques pode ser visto como uma vingança da captura traumática que sofreram, dos ataques e diversos ferimentos ocasionados pelas orcas que dividiam a piscina, da separação de seus filhotes, do pequeno espaço que estavam confinados, de ter sua expectativa de vida reduzida em um cativeiro...
As orcas são animais que possuem em seu cérebro uma parte alongada próximo ao local que esta ligada as emoções, por isso alguns especialistas acreditam que os ataques possam ser uma vingança.
O Sea World prometeu acabar com o show onde as atrações são as orcas, e anunciou que não terá novas gerações de orcas por captura, nem por reprodução em cativeiro.
FONTE: https://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/internacional/america/seaworld-espetaculo-ou-crueldade-vimos-as-famosas-orcas,09332e45f669389b67a81282b9594fd1jzw6RCRD.html
http://jovempan.uol.com.br/entretenimento/turismo/apos-polemica-seaworld-anuncia-fim-de-programa-de-espetaculos-com-orcas.html
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/11/seaworld-encerra-shows-com-orcas-apos-anos-de-polemica-nos-eua.html
OBS: Para saber mais do assunto recomendo o documentário Blackfish




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Baleias Jubarte: altruístas do mar?

   Megaptera novaeangliae é o nome científico da baleia jubarte, também conhecida como a "corcunda dos mares". Faz parte do grupo dos cetáceos, o qual engloba mamíferos marinhos como baleias e golfinhos. Os machos chegam a medir 14 metros de comprimento, enquanto as fêmeas apresentam 16 metros, podendo pesar entre 35 a 40 toneladas.
   Essas baleias apresentam em quase sua totalidade uma coloração escura, apresentando manchas brancas na região ventral. Além disso, suas nadadeiras peitorais representam um grande diferenciação, pois são muito longas se comparadas com outras espécies, chegando a medir cerca de 5 metros ou 1/3 do comprimento do corpo do animal. Esse fato contribuiu para a atribuição de seu nome científico, uma vez que o termo "Megaptera" significa "grandes asas".
    Como a maioria das baleias, a variedade em questão também habita as águas profundas próximas aos polos do planeta e durante a época de reprodução procuram as águas mais quentes, próximas ao Equador. Esse fato é o que as atrai para o litoral brasileiro, mais precisamente o arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, o maior berço reprodutivo dessa espécie.

    
    Uma das características principais dessa baleia é o seu salto, o qual intimamente relacionado com uma tentativa de se comunicar e socializar com outros mamíferos marinhos. Nesse salto também, elas expõem 2/3 do seu corpo.
    Assim como os outros tipos de baleias, a baleia jubarte possui uma estratégia inteligente para capturar o seu alimento - cardume de krill (camarão minúsculo): formam grupos que liberam ar ao redor desses animais, impedindo a fuga do cardume. Após isso, ingerem a água repleta dos pequenos camarões e em seguida, liberam a água pelas barbatanas, realizando uma espécie de filtração.

  
    Um fato curioso e ainda sem nenhuma explicação concreta é que as baleias jubarte defendem certos animais, como focas, do ataque de orcas. Alguns pesquisadores sugerem que essa ação é algo altruísta, já que elas salvam esses animais sem obter nada em troca, como se fossem justiceiras dos oceanos.





Fontes: 
http://alunosonline.uol.com.br/biologia/baleia-jubarte.html
http://www.baleiajubarte.org.br/

terça-feira, 14 de junho de 2016

ONGs e projetos de preservação do ambiente marinho

    Devido à crescente preocupação mundial em preservação ambiental, diversos projetos e ONGs surgiram no contexto atual visando à diminuição dos impactos da ação antrópica tanto nos ecossistemas terrestres quanto marinhos. Como um exemplo bem-sucedido e de reconhecimento mundial podemos citar o Greenpeace, uma das maiores organizações ambientalistas do globo, que iniciou sua história de lutas em 1971, no Canadá, com um grupo de indivíduos movidos pelo sentimento de que podemos fazer a diferença e lutar por um planeta mais sustentável.


    Uma das maiores vitórias conquistadas por essa organização de caráter de prevenção do ambiente marinho foi a invasão de Brent Spar (plataforma de 14 mil toneladas instalada no Mar do Norte sob comando da Shell) por ativistas a fim de impedir que a instalação fosse despejada no Oceano Atlântico por não ter mais serventia. Após muito pressionarem a Shell, esta acabou cedendo e aceitou desmontar a plataforma e reciclá-la em terra.

 Brent Spar - Plataforma de 14 mil toneladas

   
    Já no Brasil, existem vários projetos com enfoque no ecossistema marinho, alguns mais conhecidos como o Projeto Tamar, o qual teve início no final do século XX, visando principalmente, a conservação das tartarugas marinhas, as quais estavam desaparecendo rapidamente devido a captura incidental, da matança de fêmeas e da coleta de ovos na praia, gerando, consequentemente, um grave risco de extinção. Atualmente, o projeto abrange quase a totalidade da costa brasileira, com exceção do Rio Grande do Sul, estando concentrado, principalmente na região nordeste do Brasil. Ele trabalha com pesquisas e atividades de educação ambiental e inclusão social, tendo como principal público-alvo as populações locais, o que lhe proporciona maior força para alcançar seus objetivos.
    Além do Projeto Tamar, existe um projeto um pouco menos conhecido desenvolvido pelo Instituto Noah em Florianópolis – SC, denominado Projeto CECA (Centro de Educação e Cidadania Ambiental), o qual difunde uma consciência ecológica, contribuindo para a difusão de um senso de sustentabilidade e conservação da biodiversidade. Para se tornar eficaz, o projeto conta com a educação como sua maior aliada. Dessa maneira, são realizadas exposições ambientais, mostras culturais, palestras, oficinas e seminários. Uma ação implantada pelo CECA é o Museu Estação do Mar, o qual garantirá uma série de exposições sobre o mar na cidade de Florianópolis. 


Fontes: 
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/
http://www.tamar.org.br/index.php
http://www.projetoceca.com.br/




segunda-feira, 13 de junho de 2016

Ecossistemas marinhos: planícies de ervas marinhas

O ambiente marinho possui seres vivos, como também, relevo e vegetação, assim, por estes componentes, como o ambiente terrestre, também possui ecossistema.

Estes ecossistemas marinhos podem ser classificados quanto a dois quesitos:
  • Luminosidade
  • Profundidade
O primeiro quesito diz respeito a incidência de luz numa determinada região da coluna d'água. Nele ainda se encontram outras duas divisões:
  • Zona eufótica: é a região na qual a luz consegue penetrar, sendo normalmente, compreendida até uma profundidade de 200 metros. Há uma dependência da turbidez da água, a tonalidade que ela apresenta em consequência das substâncias. É a área com maior concentração de organismos vivos.
  • Zona afótica: ao contrário, é a faixa em que a luz não penetra. Os organismos que vivem nela dependem de oxigênio e matéria orgânica decantados da zona eufótica.
O segundo quesito, como se sugere, divide os ecossistemas marinhos quanto a sua profundidade. Nele há quatro divisões para os ecossistemas marinhos:
  • Zona litorânea: faixa de transição entre os ambientes terrestre e marinho.
  • Zona nerítica: região com profundidade aproximada de 200 metros que se estende por cerca de 50 a 60 km da margem litorânea. Considerando a profundidade, entende-se como uma área similar com a zona eufótica.
  • Zona abatial: abaixo da nerítica, compreende a faixa dos 200 metros para baixo, até 2000 metros de profundidade.
  • Zona abissal: é a área mais profunda, entre 2000 metros e o substrato do oceano, totalmente afótica. Nela há pouquíssimas formas de vida.

Existem vários ecossistemas marinhos, mas neste post tomaremos a Planície de Ervas Marinhas como exemplo.

É um ecossistema costeiro, que abrange uma região um pouco mais inferior a zona litorânea (zona ifradital) e, consequentemente, a zona eufótica também. Assim, embora sempre submerso, o tipo de vegetação predominante desse ecossistema, não deixa de ser exposto a luz solar. Esse tipo, como já diz o próprio nome, é constituído pelas ervas marinhas. Elas são plantas com a capacidade de produzir flores adaptadas a vida em meio marinho e são úteis, também, pela sua produtividade e como refúgio para seres bentônicos.

 












Fontes:
Brasil escola - http://brasilescola.uol.com.br/biologia/classificacao-dos-ambientes-marinhos.htm
Bioma marinho - http://biomasmarinhos.blogspot.com.br/2011/05/biologia-marinha-mais-que-uma-profissao.html
 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Bentos, plânctons e néctons: uma forma de classificar o ecossitema marinho

Quando pensamos no ambiente marinho como ecossistema, a categorização mais lembrada é estratificada da seguinte maneira:
  • fitoplâncton
  • zooplâncton
  • vertebrados
No entanto, estas duas primeira podem ser generalizadas em um único grupo e esta última pode receber uma outra denominação, além também de se levar em conta mais um outro grupo.

O primeiro grupo, reúne o fito e o zooplâncton no chamado planctônicos. A eles se identifica a ausência do poder de locomoção, sendo arrastados por correntezas ou flutuando à deriva, embora haja exceções de alguns invertebrados. Sobretudo, pelo fitoplâncton, os planctônicos se tornam a base da cadeia alimentar, pois dentre eles estão os produtores ou fotossintetizantes e que são os seres essenciais para a produção de O2 e captação de CO2. O zooplâncton contribui para o equilíbrio ecológico e é composto de seres microscópicos até animais em estágio larval; estes organismos podem permanecer a vida inteira como plâncton ou apenas durante a fase de larva ou de ovo.
Cultura Mix
O segundo grupo é o que leva o nome de nectônicos. Nesse grupo os seres têm a condição contrária a dos plânctons, nele, os seres possuem não só órgão para a locomoção, como também, adaptações fisiológicas. Os exemplos mais próximos de nossa realidade são os peixes e mamíferos aquáticos. Como no primeiro grupo, este é divido entre aqueles que permaneceram a maior parte da vida pela coluna d'água (os pelágicos) e aqueles que passam a maior parte em contato com o substrato ( os demersais). Neste caso, a importância destes animais é encontrada em seu valor econômico. Por serem mais diversos, as atividades comerciais são centradas neles.
Mundo Biologia

Por fim, o terceiro grupo é o dos chamados bentônicos. Refere-se aos seres que vivem associados ao substrato ou a parte mais profunda do mar. Dentro desse grupo pode haver as seguintes divisões:

  • Sésseis, fixos no substrato, como as esponjas e algas macroscópicas;
  • E os que se locomovem pelo substrato, como caranguejos e estrela-do-mar.
Ou
  • Fitobento: exemplificados pelas micro algas e plantas aquáticas enraizadas;
  • Zoobento: animais e protistas.
Se considerar tamanho, ainda teria mais uma:
  • Macrofauna: para os organismos vistos a olho nu
  • Microfauna: seres com o seu desenvolvimento no substrato como os protistas.
  • Meiofauna: são exemplificados por moluscos, seres que vivem permanentemente enterrados.
Cultura Mix
Fontes

Comuns aos três:
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/planctons--nectons--bentos.html
Plânctons:
http://escolakids.uol.com.br/plancton.htm
http://escola.britannica.com.br/article/482226/plancton
http://www.todamateria.com.br/plancton/
http://www.coladaweb.com/biologia/reinos/plancton
http://www.infoescola.com/biologia/plancton/
Néctons:
http://aomarbiologico.blogspot.com.br/2013/07/nectons-definicao.html
http://massaliquida.blogspot.com.br/2012/04/qual-o-significado-dos-termos-plancton.html
http://meioambiente.culturamix.com/ecologia/fauna/comunidades-marinhas-plancton-necton-e-bentons 
Bentos:
http://meioambiente.culturamix.com/ecologia/fauna/comunidades-marinhas-plancton-necton-e-bentons
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/comunidades-marinhas.htm

domingo, 3 de abril de 2016

Mamíferos Marinhos

Viveram sobre a terra e ao longo da evolução voltaram para o ambiente aquático. Os mamíferos marinhos vivem toda ou boa parte de sua vida na água e depende de mares e oceanos para sobreviver, sejam os cetáceos que são completamente dependentes do meio marinho ou os pinípedes que se alimentam nos oceanos, porém procriam em terra.
Diversos grupos de mamíferos marinhos habitam os mares do planeta, todos possuem três características comuns: Em algum momento de sua vida possuem pelos no corpo, mesmo que na fase embrionária como os golfinhos, retiram oxigênio do ar (respiração pulmonada) e amamentam seus filhotes.
Os mamíferos marinhos são divididos em quatro grupos: cetáceos, pinípedes, sirenídeos, fissípedes.

Cetáceos
É o grupo de mamíferos marinhos que engloba baleias, golfinhos e botos, e são divididos em dois subgrupos: Misticetos e Odontocetos.
As principais características dos Cetáceos são: o corpo fusiforme com espessa camada de gordura, respiração pulmonar, orifício respiratório no topo da cabeça, período de gestação longo, produção de leite para alimentar seus filhotes, ausência de pelos (apenas alguns resquícios denominados vibrissas) e o fato de passarem toda a sua vida no ambiente aquático.

Baleia Jubarte(Megaptera Novaeangliae)
Golfinhos(Delphinus Delphin)

Pinípedes

Os pinípedes são animais que são adaptados para o ambiente aquático,sendo dividido em três famílias:  Otariidae (lobos e leões marinhos), Odobenidae (morsas) e Phocidae(focas).
Umas das principais mudanças morfológicas no corpo destes animais são: corpo alongado para deslocamento na água, camada de gordura espessa para suportar as baixas temperaturas da água, orifícios respiratórios na parte frontal e a cauda possui tamanho reduzido.
Morsa(Odobenus rosmarus)

Sirenídeos

Os sirenídeos são os únicos mamíferos aquáticos herbívoros, possuem corpo grande e robusto, coberto por pelo, com ossos bastante densos e camada adiposa espessa. Além disso, as nadadeiras estão ausentes, e suas narinas se localizam na região superior do focinho, existem duas famílias: a Dugongidae(representada pela já extinta vaca marinha) e Trichechida(representada pelo peixe-boi).
Peixe-boi(Trichechus Sp)

Fissípedes

São os animais marinhos carnívoros e que possuem dedos separados, que incluem o urso polar e duas espécies de lontra.

Urso polar(ursus Maritimus)
Fontes
https://cramq.socpvs.org/educacao/informacao-de-animais-marinhos/informacao-mamiferos-marinhos/
http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/estado-de-conservacao/2782-mamiferos-aquaticos58.html
http://www.mundodosanimais.pt/mamiferos/mamiferos-aquaticos/
http://www.infoescola.com/animais/cetaceos/
http://www.efecade.com.br/carnivoros/

terça-feira, 29 de março de 2016

Ecoturismo Marinho

      A fim de fugir da rotina caótica do cotidiano nos grandes centros urbanos, cada vez mais pessoas estão procurando lazer em locais mais próximos da natureza. Dessa maneira, o ecoturismo tem conquistado um espaço maior no mercado, apresentando, segundo a Organização Mundial do Turismo, um crescimento de mais de 20% ao ano.
      O ecoturismo é um dos ramos da atividade turística que utiliza as maravilhas naturais como uma fonte de lazer e uma válvula de escape do estresse, além de visar a necessidade de preservação dos ecossistemas, tanto aquático como terrestre. Além do ecoturismo voltado pra região serrana, um segmento que vem despertando muito o interesse da população é o ecoturismo marinho, no qual são propostas atividades de mergulho e passeios de barco a fim de conhecer o fundo do mar e sua biodiversidade sob outro ângulo, garantindo experiências diversas e uma integração maior com o meio ambiente.
      Entretanto, para praticar o ecoturismo marinho, certos cuidados são extremamente necessários, por exemplo: para realizar mergulhos é essencial procurar sempre grupos especializados na área, ou seja, nunca devemos nos aventurar sozinhos pelos oceanos. Além disso, também é fundamental o uso de roupas isolantes, máscara de mergulho, snorkel, um par de nadadeiras e cilindro de ar comprimido. 
      Após serem tomadas essas medidas, é só explorar a biodiversidade local, porém com o máximo de sustentabilidade, já que o objetivo principal do ecoturismo é divulgar as atrações naturais para um maior número de pessoas, mas fomentando uma maior conscientização sobre as belezas naturais e sobre a necessidade de preservar o meio ambiente.
      Assim, através do mergulho, pode-se conhecer melhor tanto a fauna – estrelas, pepinos e ouriços do mar, muitas espécies de peixes de pequeno e grande porte – mas também os recifes de corais.
      Alguns locais famosos para se realizar ecoturismo marinho no Brasil são: Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, Maracajaú (RN), Porto de Galinhas (PE), Angra dos Reis (RJ), Fernando de Noronha (PE) e Ilhabela (SP).

Mergulhadora no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos


Exemplos de fauna encontrados no ambiente marinho: bolacha do mar, estrela do mar, pepino do mar e ouriço do mar


Fontes:

http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/turismo/ecoturismo/

http://viagem.uol.com.br/noticias/2014/08/28/turismo-com-mergulho-e-boa-opcao-ate-para-quem-nao-sabe-nadar.htm#fotoNav=5

http://www.infoescola.com/ecologia/ecoturismo/

http://www.trilhaseaventuras.com.br/lista-de-equipamentos-para-mergulho/

sexta-feira, 25 de março de 2016

Zona Abissal: Curiosidades

A zona abissal é a região designada pela biologia marinha como a mais profunda, fria e escura dos mares, onde os raios solares já não conseguem penetrar (a luz só é capaz de chegar até cerca de 1000 metros abaixo da superfície do mar) e onde a pressão atmosférica é altíssima. Sua profundidade varia entre 2000 e 6000 metros. Para se ter uma ideia, a cada 10 metros de coluna de água no mar, aumenta-se 1 atm de pressão e, na altitude do mar, os humanos sobrevivem suportando 1 atm. Isso significa que existem espécies que suportam 600 vezes mais pressão do que o homem.
Estima-se que mais de 80% das formas de vida do oceano são desconhecidas e que grande parte das espécies que continuam escondidas estejam vivendo na região abissal. Essa região abriga os seres mais peculiares do planeta por causa da grande dificuldade em se obter alimento nessa profundidade quase inóspita. Devido a ausência de luz, foram selecionados seres heterótrofos (que não realizam fotossíntese) para viver nesse ambiente. As adaptações físicas mais comuns dos animais que ali vivem são:
  • A presença de luzes pelo corpo: importantes para atrair parceiros e presas.
  • Bocas e estômagos gigantes: para que o animal consiga digerir presas maiores do que ele mesmo e reservar energia por um longo período de tempo.
  • Indivíduos hermafroditos: dessa forma, é possível garantir uma próxima geração da espécie, sem necessitar de um parceiro.
Conheça algumas das espécies mais bizarras/fascinantes dessa região:

Peixe Diabo Negro (Melanocetus johnsonii): é peixe que perseguiu a Dori no filme “Procurando Nemo”. Para atrair a presa, esse peixe usa seu apêndice bioluminescente (ou seja, utiliza a luz para caçar).



Carambola-do-mar: de aspecto gelatinoso e transparente, usa seus grandes tentáculos para obter alimentos.
Hatchetfish: peixe encontrado em mares sul-americanos.



Dragão marinho: comum nas águas da Austrália, esse parente do cavalo-marinho é uma exceção dentre os animais que vivem em régios abissais devido as suas cores que o ajudam a se camuflar.

Tubarão boca grande: um dos principais predadores das zonas abissais dos oceanos.


Peixe dragão negro: Ele engana suas vítimas criando falsas silhuetas enquanto se movimenta.

Lula Vampira do Inferno: recebeu esse nome por causa de sua coloração vermelha e sua aparência de morcego devido a suas membranas que colam seus tentáculos.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, esse video produzido pelo Discovery Channel mostra expedições de estudo recentes pelas profundezas do oceano. Muito interessante para aqueles que gostam de curiosidades sobre a Zona Abissal.

(https://www.youtube.com/watch?v=0V5RbTaCcwE)






Fontes:
  • http://obviousmag.org/archives/2011/11/criaturas_abissais.html
  • http://brasilescola.uol.com.br/geografia/abissal.htm
  • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/peixes-abissais.htm
  • http://hypescience.com/as-20-mais-assustadoras-criaturas-das-profundidades/




domingo, 13 de março de 2016

Como os recifes de corais se formam?

Os recifes de corais cobrem uma área de 284.300km2 e são ecossistemas com grande diversidade de espécies, servindo de abrigo para peixes, moluscos, crustáceos, cnidários e algas. Sua distribuição é desigual pelo mares, as regiões do Mar Vermelho, Oceano Índico, sudeste asiático e do Oceano Pacífico apresentam 91,9% de toda a formação, enquanto o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe contam com 7,6% do total. Já o Oceano Atlântico Sul possui apenas 0,5% (cerca de 3.000 km) da área dos recifes, que se encontram na costa do nordeste brasileiro.
Corais são animais do grupo cnidários, da classe Anthozoa, invertebrados que usam o carbonato de cálcio da água salgada para formar um exoesqueleto resistente que o protege e o ajuda na fixação no fundo do mar. Eles são os principais formadores dos recifes de corais. Esses animais, em sua maioria, vivem em colônias onde cada indivíduo é um pólipo. Pólipos são carnívoros (se alimentam de resíduos em suspensão), sésseis (não se locomovem) e possuem uma célula (chamada de cnidócito) que, ao ser tocada pelo homem, libera uma substancia urticante, provocando sérias queimaduras na pele. Os pólipos crescem em cima de esqueletos de outros pólipos que já morreram, dessa forma, um recife é formado por diversas camadas finas de carbonato de cálcio.
Em um recife de coral ocorre uma interação ecológica interespecífica chamada de mutualismo. O mutualismo acontece quando organismos de espécies diferentes se associam de forma obrigatória e harmoniosa, ou seja, esse tipo de interação é essencial para a sobrevivência das duas partes envolvidas.  No caso dos recifes, a associação acontece entre os corais e microalgas fotossintetizantes, chamadas de zooxantelas. Essas microalgas vivem no interior dos corais utilizando as substâncias geradas pelo processo metabólico deles, e liberam compostos orgânicos indispensáveis para o crescimento dos corais. São as zooxantelas as responsáveis pelas cores dos corais.
Os recifes podem ser divididos em três grupos distintos: os recifes em franja, em barreiras e em atóis.

 
Recife de coral tipo barreira na Austrália. Esse tipo de formação é linear ou semicircular e é separada por canais do continente.

Recife do tipo Franja na Paria do Forte, BA. Recifes tipo franja localizam-se perto do continente e são separados por lagoas rasas.

Recife Atol de Bikini (do tipo Atol) no Oceano Pacífico. Esse tipo de formação parece um anel, no centro encontra-se uma lagoa de água salgada.


Para quem se interessou pelo assunto, recomendo que assista a esse vídeo produzido pela Discovery Science que mostra com mais detalhes como é vida nos recifes de corais e as novas descobertas dos cientistas envolvendo esses ecossistemas.






Fontes:

quinta-feira, 10 de março de 2016

Um pouco sobre Biologia Marinha


      A biologia marinha é a área das Ciências Biológicas que estuda o ambiente marinho como um todo, desde seres microscópicos até os ecossistemas. Nela são consideradas as relações entre os organismos vivos com o meio e a interferência dos humanos para com o ambiente, com o propósito de analisar os impactos ambientais, advindos das atividades industriais, da pesca predatória e do turismo, além do descarte de lixo inadequado feito pela população civil. Dessa forma, o profissional da área marinha é fundamental para a preservação da fauna e da flora de águas salgadas.
       A importância do trabalho desse cientista se torna mais significativa com o fato de que o planeta Terra é coberto, em sua superfície, por 71% de mares. Sendo que, a maior parte dos oceanos tem profundidade superior a três mil metros.
      O estudo da vida marinha foi aprofundado durante a Revolução Científica (século XVII), no qual vários estudiosos de diversas áreas contribuíram para o entendimento das relações entre o mar, os organismos que ali vivem, as leis da física e os seres humanos. Dentre os mais famosos estão: Isaac Newton, que foi capaz de explicar o efeito da Lua nas marés e Antoine Lavoisier, que foi a primeira pessoa a analisar quimicamente as águas salgadas.
      Até o ano de 1860, acreditava-se que não havia vida nos mares abaixo de 600m, devido a Teoria Azóica criada por Edward Forbes, um pioneiro da Oceanografia Biológica. Contudo, sua teoria foi questionada quando foram trazidos para a superfície inúmeros organismo vivos que habitavam abaixo da profundidade proposta por ele. Tal descoberta incentivou pesquisas na área marinha. 
      Atualmente, quem deseja seguir neste campo de atuação deve se graduar em Ciências Biológicas e depois se especializar em Bilogia Marinha, tendo como opção no mercado de trabalho seguir carreira em instituições de preservação ambiental e animal, em empresas de ecoturismo, em parques aquáticos, na área acadêmica, dentre outros.




Maior recife de corais do mundo, situado na Austrália.


Edward Forbes
Biólogos marinhos atuando.

















  Fontes:

  • http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/33492/historia-da-oceanografia
  • http://www.todabiologia.com/biologia_marinha.htm
  • http://www.unisanta.br/Graduacao/Ciencias_Biologicas_Bacharelado
  • http://brasilescola.uol.com.br/biologia/recifes-corais.htm
  • http://www.cotebleue.org/forbes.html
  • http://www.cursoseprofissoes.com/quanto-ganha-o-biologo-marinho/