Os recifes de corais cobrem
uma área de 284.300km2 e são ecossistemas com grande
diversidade de espécies, servindo de abrigo para peixes, moluscos, crustáceos,
cnidários e algas. Sua distribuição é desigual pelo mares, as regiões do Mar
Vermelho, Oceano Índico, sudeste asiático e do Oceano Pacífico apresentam
91,9% de toda a formação, enquanto o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe contam
com 7,6% do total. Já o Oceano Atlântico Sul possui apenas 0,5%
(cerca de 3.000 km) da área dos recifes, que se
encontram na costa do nordeste brasileiro.
Corais são animais do grupo cnidários, da classe Anthozoa, invertebrados que usam o
carbonato de cálcio da água salgada para formar um exoesqueleto resistente que
o protege e o ajuda na fixação no fundo do mar. Eles são os principais
formadores dos recifes de corais. Esses animais, em sua maioria, vivem em
colônias onde cada indivíduo é um pólipo. Pólipos são carnívoros (se alimentam
de resíduos em suspensão), sésseis (não se locomovem) e possuem uma célula
(chamada de cnidócito) que, ao ser tocada pelo homem, libera uma substancia
urticante, provocando sérias queimaduras na pele. Os pólipos crescem em
cima de esqueletos de outros pólipos que já morreram, dessa forma, um recife é
formado por diversas camadas finas de carbonato de cálcio.
Em um recife de coral ocorre uma
interação ecológica interespecífica chamada de mutualismo. O mutualismo
acontece quando organismos de espécies diferentes se associam de forma
obrigatória e harmoniosa, ou seja, esse tipo de interação é essencial para
a sobrevivência das duas partes envolvidas. No caso dos
recifes, a associação acontece entre os corais e microalgas fotossintetizantes,
chamadas de zooxantelas. Essas microalgas vivem no interior dos corais utilizando
as substâncias geradas pelo processo metabólico deles, e liberam compostos
orgânicos indispensáveis para o crescimento dos corais. São as zooxantelas as
responsáveis pelas cores dos corais.
Os recifes podem ser divididos em três grupos
distintos: os recifes em franja, em barreiras e em atóis.
Recife de coral tipo barreira na Austrália. Esse tipo de formação é linear ou semicircular e é separada por canais do continente. |
Recife do tipo Franja na Paria do Forte, BA. Recifes tipo franja localizam-se perto do continente e são separados por lagoas rasas. |
Recife Atol de Bikini (do tipo Atol) no Oceano Pacífico. Esse tipo de formação parece um anel, no centro encontra-se uma lagoa de água salgada. |
Para
quem se interessou pelo assunto, recomendo que assista a esse vídeo produzido
pela Discovery Science que mostra com mais detalhes como é vida nos recifes de
corais e as novas descobertas dos cientistas envolvendo esses ecossistemas.
(link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=KXVlsZUjr3U)
Fontes:
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